Compartilhar

Mulheres no mercado de trabalho: avanços, desafios e soluções

05/03/2025

Mulheres no mercado de trabalho: avanços, desafios e soluções

Apesar dos desafios enfrentados, observamos a presença das mulheres no mercado de trabalho em praticamente todos os setores da economia. Elas estão conquistando seu espaço e atuando no que gostam. 

Há anos, as mulheres protagonizam uma história de lutas para conquistar seus direitos. Afinal, enquanto os homens sempre tiveram seus espaços garantidos, elas precisaram buscar a sua independência.

Atualmente, elas são motoristas, pilotas, doutoras, professoras, atletas, CEOs e donas do seu próprio negócio. Elas se destacam na arte, na política, esportes, ciência, tecnologia, engenharia, educação, saúde e onde mais estiverem.

O empoderamento feminino começa na preparação para o mercado de trabalho. Segundo matéria do O Globo, as mulheres brasileiras são mais escolarizadas que os homens, sendo que: 

  • 21,3%, com 25 anos ou mais, têm o nível superior completo;
  • Já 16,8% é o índice entre os homens.

Mas ainda há muitos desafios a serem enfrentados. De acordo com o IBGE, as trabalhadoras ganham menos que homens em 82% das áreas de atuação e, mesmo com mais formação, são minoria nas posições de liderança.

Quer saber mais sobre as conquistas alcançadas, os desafios enfrentados e as possíveis estratégias para a promoção da igualdade de gênero no mercado de trabalho? Continue a leitura.

O histórico da presença feminina no mercado de trabalho

A primeira Revolução Industrial, que ocorreu na Inglaterra dos anos 1760, foi o marco para as mulheres deixarem suas atividades domésticas, artesanais e agrárias realizadas em casa para trabalharem nas fábricas em troca de um salário. 

Já a primeira e segunda guerras mundiais (1914/1918 e 1939/1945, respectivamente) também foram eventos que impulsionam as mulheres a buscarem rendas para as famílias, isso porque seus maridos haviam sido recrutados. Na época, elas atuavam em fábricas de armamentos.

Com o fim da guerra em 1945, as indústrias passaram a ter na presença feminina o perfil perfeito para ocupar cargos em suas organizações. O salário era baixo e não havia planos de crescimento profissional para elas.

Após o início dos movimentos feministas, nos anos 60, a presença das mulheres no mercado de trabalho cresceu, porém, elas ainda eram recrutadas para papéis menores e salários mais baixos.

O avanço da presença feminina no mercado de trabalho

Nada melhor para mostrar a evolução da presença das mulheres no mercado de trabalho do que trazer números que comprovem suas conquistas.

Segundo o portal Movimento Mulher 360, no segundo trimestre de 2024 elas bateram recorde em postos de trabalho. Na ocasião, o percentual de mulheres com 16 anos ou mais inseridas no mercado chegou a 48,1%. Entre os homens, essa taxa é ainda maior, chegando a 68,3%.

O empoderamento feminino também está presente no empreendedorismo. De acordo com publicação de novembro de 2024 no portal Agência Sebrae, um terço do total dos empreendedores no Brasil é formado por mulheres e a maioria delas atua na prestação de serviços.

Apesar do índice ainda ser baixo, elas também estão a cada dia alcançando posições de lideranças. Uma matéria publicada no O Globo mostra que as brasileiras ocupam 38,8% dos postos de gerência, superando a média do G20, e ficando atrás apenas dos Estados Unidos (46,2%) e Rússia com 41,4%.

Outro dado importante publicado no Agência Brasil é que entre janeiro e agosto de 2024 o saldo de empregos formais para os homens cresceu 10,1% no Brasil, comparado a 2023. No caso das mulheres, o crescimento foi de 45,18%.  

Apesar do significativo aumento, os homens ainda são maioria no mercado de trabalho formal. Nesse período foram gerados 926.290 postos de trabalho para eles e 800.269 para elas. Mas já acompanhamos uma mudança positiva de mentalidade.

Leia também: Inovação no empreendedorismo: boas práticas para 2025.

A contribuição das mulheres para a economia 

A presença ativa das mulheres no mercado de trabalho contribui significativamente para a geração de renda familiar, para o consumo e crescimento econômico do país.

Segundo um levantamento realizado pela McKinsey Global Institute e divulgado pelos mais diversos canais de comunicação do mundo, a igualdade de gênero poderia acrescentar R$ 60 trilhões ao PIB global até 2025. Para o estudo, os pesquisadores usaram dados de 118 países ao longo de 13 anos.

Logo, a inclusão feminina no mercado de trabalho também contribui para aumentar o PIB nacional.

Um estudo do Fundo Monetário Internacional, publicado no O Globo, mostra que países que investem e ampliam a participação de mulheres no mercado de trabalho apresentam ganhos de produtividade. Elas também trazem novas habilidades para o ambiente laborativo, refletindo e promovendo uma cultura organizacional mais rica e inovadora.

Sem contar que equipes diversificadas são mais criativas e tomam decisões mais eficientemente. 

Leia também: Como melhorar a produtividade e qualidade nos negócios com uso de IA e outras tecnologias?

Principais desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho

Mesmo as mulheres tendo conquistado o seu espaço, elas ainda lutam por igualdade de direitos e enfrentam muitos desafios no mercado de trabalho.

Alguns dos desafios enfrentados pelas mulheres no mercado de trabalho são:

  • Jornada dupla: boa parte delas precisam conciliar entre ser mãe e profissional, dividindo o seu tempo entre os cuidados com os filhos e o trabalho, e muitas vezes também são responsáveis pelas tarefas da casa;
  • Desigualdade salarial: Apesar de apresentarem um melhor Índice de Capital Humano e serem mais escolarizadas, segundo outra matéria publicada na CNN Brasil, as mulheres no mercado de trabalho recebem 21% menos, comparado com os valores pagos para os homens executando as mesmas tarefas; 
  • Dificuldade de inserção no mercado: mais de 70% das mulheres com filhos enfrentam dificuldades para conquistar uma vaga de trabalho.
  • Alta informalidade: seja pela dificuldade de conciliar, casa, filhos e profissão, ou mesmo por não conseguir trabalho formal, as mulheres lideram os empregos informais.

Estratégias para promover a igualdade de gênero no ambiente corporativo

A igualdade de gênero precisa começar por uma mudança cultural da sociedade. Meninas e jovens precisam ser incentivadas em seus estudos e no desenvolvimento de suas carreiras, além de serem estimuladas nos seus potenciais.

Quanto a ampliação da presença das mulheres no mercado de trabalho formal, ela só será alcançada com mudanças de mentalidade e cultura dos empregadores, começando por:

  • Avaliar suas políticas internas: garanta a inclusão das mulheres nas empresas e incentive o autodesenvolvimento de todos os colaboradores, sem nenhuma forma de discriminação de gênero;
  • Criar ambientes inclusivos: combata qualquer forma de preconceito ou assédio, incentive uma cultura de respeito à diversidade e estimule mulheres a assumirem cargos de liderança;
  • Garantir a equidade salarial: pela Lei, qualquer empresa com mais de 100 empregados deve assegurar essa igualdade, mas essa prática também deve ser adotada por negócios menores;
  • Oferecer programas e oportunidades de desenvolvimento de lideranças femininas: estabeleça políticas claras de oportunidades para todas as pessoas da sua empresa e converse com suas colaboradoras para entender suas necessidades profissionais e auxiliá-las nos seus objetivos.

Agora que você acompanhou o avanço e os desafios das mulheres no mercado de trabalho, que tal continuar aqui no nosso blog e ler também sobre o papel da liderança na gestão de um time intergeracional?

Faça Parte

Aproveite os
nossos convênios

Associe-se
foto