Deunir Argenta, presidente do Centro Empresarial em 2006/2007 e 2008/2009
17/12/2011
O entrevistado da semana é o empresário Deunir Argenta, presidente do Centro Empresarial, de 2006 a 2009. Deunir que é diretor da Luiz Argenta Vinhos Finos e sócio-proprietário do Grupo Ditrento, também foi presidente da Associação Gaúcha de Vinicultores (AGAVI) e vice-presidente da União Brasileira de Vitivinicultura (UVIBRA). Em janeiro, ele assume a presidência da Associação de Produtores dos Vinhos dos Altos Montes (APROMONTES).
CENTRO EMPRESARIAL: O Senhor liderou o Centro Empresarial no período de 2006 a 2009. Qual foi o principal desafio? E conquista?
DEUNIR ARGENTA: Acredito que o principal desafio foi integrar toda a equipe da diretoria para unir forças, inovar e fazer um novo Centro Empresarial, investindo principalmente na estrutura física, no fortalecimento dos atuais associados e na busca de novos. E conseguimos, antes, a entidade contava com aproximadamente 400 associados, e depois do esforço de toda equipe da minha gestão, o número passou para aproximadamente 1.300. Além disso, a sede do Centro Empresarial ganhou uma grande reforma, com ampliação, criação de novas salas e decoração dos ambientes.
CE: Como o senhor avalia o processo de amadurecimento da entidade?
DA: Tivemos diversos projetos: palestras de pessoas de renome no Brasil, cursos profissionalizantes, entre outras ações, que com certeza agregaram conhecimento para todas as empresas associadas, desenvolvimento e atualização diante do mercado. Mas acredito que ainda estamos em processo de amadurecimento, e podemos desenvolver algumas ações sociais para comunidade e dar mais apoio às empresas associadas.
CE: Nestes 22 anos, qual a ação que o senhor considera a mais importante?
DA: Acredito que existiram dois momentos importantes: um deles foi quando um grupo de empresários da cidade se uniu e teve a iniciativa de criar e fundar o Centro Empresarial de Flores da Cunha. Outro momento importante foi dentro da nossa gestão, quando houve uma reestruturação no planejamento, reforma e ampliação da sede e, também, a busca de mais associados, trazendo resultados expressivos.
CE: Que conselho o senhor daria aos jovens para uma carreira de sucesso?
DA: Eu acredito que o jovem tenha que buscar um rumo a partir dos ensinamentos dos seus pais, cuidadores e professores. É muito difícil encontrar pessoas com valores, princípios e ideais que não tenham sucesso na vida. É muito importante ter um sonho para acreditar, e um caminho certo para seguir, só assim é possível conseguir alcançar o que se almeja.
CE: “O bom líder é o que faz as perguntas certas, não o que dá as respostas”. O senhor concorda com essa afirmação dita por especialistas?
DA: Sim, concordo. Nesta posição nos colocamos como eternos aprendizes e pensantes. Uma habilidade importante para ser um bom líder é saber fazer perguntas pertinentes e também permitir que os outros as façam. Nunca somos tão sábios a ponto de não precisar aprender mais nada, afinal, é perguntando que aperfeiçoamos o nosso conhecimento. As verdades, às vezes, têm validade e não são absolutas, ainda mais no mundo dinâmico em que estamos vivendo, onde as informações são inúmeras e muito rápidas, e a tecnologia transforma. Fazer perguntas é fundamental na prática da criatividade e, a partir daí, se chegar à inovação.
CE: Quais são os valores que servem de base para a sua vida?
DA: Primeiro a família, que é a base para tudo na vida. Depois, eu acredito que não devemos nunca esquecer o nosso passado, pois nele se faz o alicerce para dar sustentação no presente e a segurança do futuro.
CE: Qual a sua opinião sobre o uso de redes sociais nas empresas?
DA: Para as empresas, pode ser uma ferramenta muito importante, onde é possível divulgar sua marca e estreitar relações com os clientes. Permitem expressar idéias para um grande número de pessoas, compartilhando valores e objetivos comuns. Hoje em dia, não é possível deixar as redes sociais de lado. Já não é mais um diferencial, mas sim básico, em que todas as empresas deveriam estar preocupadas em ter.
CE: Muitas empresas temem investir em sustentabilidade por considerarem "custo" e não "investimento". Qual a sua visão sobre esse comportamento?
DA: Algumas empresas associam a ideia da sustentabilidade empresarial a um aumento nos seus custos, o que poderia ser um risco aos seus produtos e a sua penetração no mercado. No entanto, aos poucos, essa visão vai sendo revertida pela conscientização cada vez maior dos consumidores. Pensar com responsabilidade e cuidar do mundo que nos cerca é crucial para nossa própria sobrevivência. O importante é cada um fazer a sua parte para deixar boas heranças.
Restaurante: Cantina Pastasciutta, em Gramado
Frase preferida: “Somos responsáveis pelo que conquistamos”